O que são os óleos essenciais? 

O que são os óleos essenciais?

De todos os seres vivos, os vegetais se diferenciam, entre outras características, pela sua incapacidade de locomoção. Assim, como a planta não pode fugir de um predador natural, sua única forma de o afastar, é utilizar substâncias com odores que possam espantar esse predador.  

Então, poderemos dizer que os óleos essenciais são substâncias utilizadas muitas vezes como “armas de defesa” de plantas, são estes os responsáveis pelos aromas e odores de todas as espécies vegetais já conhecidas. Trata-se de compostos simples, líquidos, de estrutura cíclica, voláteis, de solubilidade limitada em água (mas suficiente para aromatizar soluções aquosas), solúvel em solventes orgânicos, transparentes ou de coloração levemente amarelada e sabor ácido. Pelo fato de apresentarem em sua composição vários tipos de funções orgânicas (álcool, ésteres, aldeídos, cetonas, fenóis, entre outros), a classificação dos óleos essenciais é, por vezes, uma tarefa difícil, no entanto, a maioria dos químicos agrupam esses compostos à classe dos terpenóides, derivados biossintéticos do isopreno. 

Porém, as plantas não utilizam do cheiro dos óleos essenciais apenas para defesa, essas substâncias são também muito úteis no processo de reprodução no grupo das angiospermas, uma vez que o aroma disperso atrai pássaros, insetos e morcegos, que fazem a polinização. As plantas utilizam os óleos essenciais também para inibir a germinação de outras espécies que competem por recursos naturais como água, solo e luz. Outra utilização de óleos essenciais pelas plantas é a retenção de água, de modo a diminuir perdas e evitar o aumento da temperatura. 

A composição dos óleos essenciais é determinada pela planta que os produz e pela região da planta em que é armazenado (folhas, flores, caule, raiz, sementes, cascas) e pode ser alterados devido a vários fatores como a fase do ciclo de vida da espécie, métodos de colheita da planta e extração dos óleos, condições ambientais (temperatura, vento, tempo de exposição à radiação solar e umidade relativa do ar), etc.  

A extração pode ser feita por diversos métodos, tais como: 

Destilação a vapor de água: o óleo é arrastado pelo vapor de água e depois separado. A água restante é denominada hidrolato. 

Enfloração: extração do óleo de pétalas de flores. 

Extração com solvente: as plantas são armazenadas num recipiente com solvente que dissolve o óleo, essa solução é depois filtrada e destilada para obtenção do óleo puro. 

Prensagem: obtenção do óleo da casca de frutas cítricas. 

Extração por dióxido de carbono supercrítico: o CO2 a alta pressão passa para o estado líquido e consegue dissolver o óleo, quando a pressão diminui, o CO2 volta à qualidade de gás e o óleo puro é obtido. É o método mais eficiente de extração de óleos. 

Os óleos essenciais produzidos por cada espécie são únicos, ou seja, nenhuma planta produz óleos idênticos aos de outra. 

 Existe imensos estudos científicos, podemos encontrar mais de 18.000 artigos com o termo “essential oil” na PubMed* https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/, a maior plataforma de artigos científicos sobre saúde do mundo! 

 É muito importante saber que os óleos essenciais são compostos de substâncias bem definidas quimicamente e que são lipossolúveis, ou seja, eles se dissolvem em gorduras, são se dissolvem em água (não são hidrossolúveis). 

Apesar do nome óleos, entretanto, os óleos essenciais não são gordura pois não possuem ácidos graxos na sua composição. 

 

Como a aromaterapia pode ajudar? 

Tem como principal objetivo equilibrar o corpo e mente. 

Muitos fatores influenciam na eficácia do tratamento aromaterápico. Entre eles, destacam-se a qualidade dos óleos essenciais, os métodos de aplicação e o conhecimento do aromaterapeuta. Na aromaterapia, os óleos essenciais podem ser utilizados sumariamente com efeitos psicológicos e fisiológicos. 

 

Quais os métodos de uso da aromaterapia? 

Estão divididos em três principais ramos: 

  • Inalação;
  • Ingestão;
  • Topicamente
 
Inalação 

Durante a inalação, da quantidade do OE que inalamos temos uma média de 50% que é absorvido pelo sangue (pode variar entre os 30 e 70%). Para fazeres uma inalação mais direta, podes utilizar um inalador pessoal ou fazer a inalação diretamente do frasco. 

Oral 

Se fizermos a ingestão do OE, 95% dos constituintes são absorvidos pelo sangue, no entanto, há problemas de segurança com a ingestão, como por exemplo o impacto no estomago e no fígado, que é muito mais forte com a ingestão do que com a via tópica ou inalação. 

Por esse motivo, esta via de administração só deve ser uma opção, sob a orientação de um profissional habilitado. 

Tópico 

 Na aplicação tópica dos OE diluídos, apenas cerca de 5%, dos compostos dos OE vão ser absorvidos pela pele por via transdérmica e chegar ao sangue. 

Pode parecer uma quantidade muito pequena, mas há muitos estudos científicos que o comprovam (pode ir de 1% até aos 10%), mas geralmente é 5% do OE que foi aplicado. 

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